sábado, outubro 28, 2006

Mas porquê?

Ora bem! Acabo de me recompor após um momento tristemente solene, neste final de semana.
Naturalmente preferia que tivesse sido apenas outra sexta-feira de carácter normal, mas não, não foi. E não foi pelo simples facto de ter, em má hora, prestado demasiada atenção á euforia desenfreada, provocada de forma propositadamente maquiavélica pelos serviços de informação televisivos que teimo em assistir, nomeadamente á hora de almoço. A verdade é que aproveito o espectáculo para me divertir secretamente, enquanto vou comentando á má fila uma ou outra situação mais rocambolesca. A minha mãe nem nota.
Falo evidentemente desse fenómeno da era moderna que se chama: “Jackpot do euromilhões no valor de cento e tal milhões de euros”!
Atenção! O assunto é sério, se pensarmos bem, ou de outra forma nunca ocuparia os primeiros trinta minutos de um telejornal, nem ocuparia uns bons dezoito repórteres e respectivos staffs técnicos, espalhados por outros tantos distritos, na difícil tarefa de arrancar á força os testemunhos do nosso povo sobre a forma de gastar a massa em caso de…
Adiante, porque o espectáculo era realmente bom.
Deixei-me imbuir pelo espírito “euro-milionário” e num ápice já imaginava a melhor maneira de dar a feliz notícia aos familiares e amigos, e essa é que é essa!
Claro que tamanha parvoíce tem o seu preço, e eu, caro leitor, paguei cara a estupidez. Ao todo seis euros! Seis suados euros ganhos á custa de duas horas de labor!
Como se ainda não bastasse, tive a insolência de esboçar um maroto sorriso ás minhas colegas de trabalho, acompanhado pela clássica piscadela de olho reveladora de um categórico “está no papo”!
Sou mesmo parvo!
E claro, acompanhei de perto o sorteio (a cerca de meio metro do televisor) e no final chegou-me mesmo a passar pela cabeça a ideia de ir a correr para a tabacaria onde ficara registado o delito, com o talão em riste, afim de reclamar a justa devolução do meu dinheiro. Afinal, se não me saiu nada, bem me podiam ressarcir pelo dano causado e por mim o caso morria ali.
O problema é que já estava de pijama e a ideia de me vestir novamente, pegar no carro, fazer uma vintena de quilómetros e encontrar a dita tabacaria fechada, fazer outros tantos para regressar a casa, voltar ao registo do pijama e ficar a matutar na coisa para amanhã acordar cedo e voltar lá outra vez para ouvir algo como “bem amigo, tarde demais… se ainda tivesse vindo cá ontem”, acabou por me dissuadir da intenção!
Agora que finalmente tudo passou, sinto-me aliviado e não vou chorar pelo dinheiro perdido.
Afinal, só me posso queixar de mim mesmo por não saber dar o devido valor á sabedoria maternal, que prefere o som da telefonia á distracção patética da televisão.
Toma e embrulha!
Ps- Por sinal houve novo jackpot… vai ser bonito vai, para a semana!

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ora cá estou eu :))

Também eu vejo o dito telejornal, também me divirto à sucapa com determinadas "enormidades", mas tenho um hábito desgraçado! É que tu ainda tentaste, pronto, querias o teu dinheiro de volta e com toda a razão, mas tentaste. Eu então, nem me dou ao trabalho, o que, quanto a mim, ainda é pior, pois como poderei eu almejar ganhar alguma coisa se nada para isso faço?

Mas olha que me deixaste a pensar...o assunto só pode mesmo ser muito sério. É que eu ainda não tinha pensado no que disseste: "se pensarmos bem, ou de outra forma nunca ocuparia os primeiros trinta minutos de um telejornal, nem ocuparia uns bons dezoito repórteres e respectivos staffs técnicos, espalhados por outros tantos distritos, na difícil tarefa de arrancar á força os testemunhos do nosso povo sobre a forma de gastar a massa em caso de…" E não é que tens toda a razão?!

Fica bem!

Beijinho

12:12 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

mas será possível alexandre??!!? quantas vezes te disse para não fazeres projectos antecipados? para a semana já sabes, jogas e ficas a pensar k não te vai sair. és a última pessoa a quem poderá sair algum dinheiro, e qd ganhares não te esqueças do meu range, pleeeaaase!!

veijo

11:53 da manhã  

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