terça-feira, outubro 31, 2006

Ódio Visceral #1

Inicio este post com o pensamento que tive após ter deixado, a alta velocidade, o posto dos CTT: - “Nunca venho preparado para isto!”
Passo a explicar.
Todos nós temos momentos maus no dia-a-dia e seguramente ir a um posto dos Correios é um deles. Até aqui nada de novo, pensa o leitor tenaz e atento.
Á chegada deparo-me com este cenário fantástico: apenas dois dos cinco guichets operam, apesar das suas filas se alongarem até á porta, ou seja, com cerca de vinte pessoas cada. Lembrei-me que os outros três somente funcionam se, e só se, as filas alcançarem o segundo terço da rua que confronta a entrada barra saída do estabelecimento, isto claro porque a via é a mais movimentada do burgo, caso contrário a solução seria fazer deslocar ao local um agente regulador do transito para estabelecer o critério de passagem entre os utentes do serviço e o tráfego automóvel.
Suspirei aliviado, por se estarem a cumprir as boas regras de funcionamento, e iniciei a espera prevista.
Decidi torná-la em algo útil e comecei a observar toda a movimentação em meu redor.
A coisa, digo-vos, tendia para o bizarro com as mais absurdas e despropositadas conversas a pairarem no ar, um stand-up á escala 1:1 do Rui Costa (sempre, mas sempre com a mesma cara de parvo) impingindo qualquer artigo á nação benfiquista (ahahahah, desculpem mas não aguentei), e o modus operandi do atendimento á populaça. Neste último aspecto, conceitos como eficácia, rapidez, dinamismo ou simpatia, são totalmente desconhecidos nos CTT. A tudo isto se junta um profundo caos na orgânica da coisa.
O desvario do lado interior do balcão é grande e a confusão está instalada por todo o lado.
Rapidamente* chega a minha vez de ser atendido e concentrei a minha atenção na funcionária que me aguardava. Recordei então um episódio passado com a mesma senhora, o que me trouxe uma sensação bastante agradável**.
Enchi os pulmões de ar e atirei um convincente bom dia o qual me foi devolvido em branco. Fiz o meu modesto pedido de acordo com os padrões que fazem de mim um tipo educado, mas nem assim consegui mudar o semblante da personagem.
Reparei então que ao lado dos tradicionais avisos recorrentes nestes locais, estava um outro que dizia: “Agradecemos que seja curto e grosso. A sua simpatia e educação não são bem-vindas”***.
Muito bem, pensei eu! Quem com ferros mata, com ferros morre!
Terminada finalmente a transacção, não resisti e dispararei á bruta um inconveniente “Adeus e obrigado!”, saindo a correr que nem um louco, pelo sim pelo não.

(*) - Esta foi a única tentativa de ter alguma piada neste post.
(**) - Ok, menti… esta foi outra!
(***) - Admito que isto é pura ficção, mas algo do género deve constar do manual de excelência de atendimento ao público dos CTT.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

acredita k tiveram as duas piada. mas amei a do rui costa... consigo até imaginar!
ainda bem que eu não estava lá. Seguramente seria o descalabre total.
estou a gostar do blog :)

12:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

lolololllllllllllllllllllll

Fazes-me lembrar a minha chegada a Portugal, após uma breve semana em Londres. Chegada na 6ª feira, fim de semana sem sair devido aos afazeres e eis que na 2ª aqui vou eu trabalhar. Saí para beber o meu primeiro café. Pleno centro comercial das Amoreiras. Dirigo-me à dita Sra i ia dizer: "Bom dia, um café, pf". Não foi preciso, nem abri a boca, pois fui recebida com uma cara ee enfado e um "Que é que quer?" Pronto! Já cheguei, pensei eu...

Já agora, queres uma dica? Vai ao Serviço de Finanças da Costa da Caparica lololllllllllllll

Fica bem :))

Bjs

1:20 da tarde  

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