Ódio Visceral #1
Inicio este post com o pensamento que tive após ter deixado, a alta velocidade, o posto dos CTT: - “Nunca venho preparado para isto!”
Passo a explicar.
Todos nós temos momentos maus no dia-a-dia e seguramente ir a um posto dos Correios é um deles. Até aqui nada de novo, pensa o leitor tenaz e atento.
Á chegada deparo-me com este cenário fantástico: apenas dois dos cinco guichets operam, apesar das suas filas se alongarem até á porta, ou seja, com cerca de vinte pessoas cada. Lembrei-me que os outros três somente funcionam se, e só se, as filas alcançarem o segundo terço da rua que confronta a entrada barra saída do estabelecimento, isto claro porque a via é a mais movimentada do burgo, caso contrário a solução seria fazer deslocar ao local um agente regulador do transito para estabelecer o critério de passagem entre os utentes do serviço e o tráfego automóvel.
Suspirei aliviado, por se estarem a cumprir as boas regras de funcionamento, e iniciei a espera prevista.
Decidi torná-la em algo útil e comecei a observar toda a movimentação em meu redor.
A coisa, digo-vos, tendia para o bizarro com as mais absurdas e despropositadas conversas a pairarem no ar, um stand-up á escala 1:1 do Rui Costa (sempre, mas sempre com a mesma cara de parvo) impingindo qualquer artigo á nação benfiquista (ahahahah, desculpem mas não aguentei), e o modus operandi do atendimento á populaça. Neste último aspecto, conceitos como eficácia, rapidez, dinamismo ou simpatia, são totalmente desconhecidos nos CTT. A tudo isto se junta um profundo caos na orgânica da coisa.
Passo a explicar.
Todos nós temos momentos maus no dia-a-dia e seguramente ir a um posto dos Correios é um deles. Até aqui nada de novo, pensa o leitor tenaz e atento.
Á chegada deparo-me com este cenário fantástico: apenas dois dos cinco guichets operam, apesar das suas filas se alongarem até á porta, ou seja, com cerca de vinte pessoas cada. Lembrei-me que os outros três somente funcionam se, e só se, as filas alcançarem o segundo terço da rua que confronta a entrada barra saída do estabelecimento, isto claro porque a via é a mais movimentada do burgo, caso contrário a solução seria fazer deslocar ao local um agente regulador do transito para estabelecer o critério de passagem entre os utentes do serviço e o tráfego automóvel.
Suspirei aliviado, por se estarem a cumprir as boas regras de funcionamento, e iniciei a espera prevista.
Decidi torná-la em algo útil e comecei a observar toda a movimentação em meu redor.
A coisa, digo-vos, tendia para o bizarro com as mais absurdas e despropositadas conversas a pairarem no ar, um stand-up á escala 1:1 do Rui Costa (sempre, mas sempre com a mesma cara de parvo) impingindo qualquer artigo á nação benfiquista (ahahahah, desculpem mas não aguentei), e o modus operandi do atendimento á populaça. Neste último aspecto, conceitos como eficácia, rapidez, dinamismo ou simpatia, são totalmente desconhecidos nos CTT. A tudo isto se junta um profundo caos na orgânica da coisa.
O desvario do lado interior do balcão é grande e a confusão está instalada por todo o lado.
Rapidamente* chega a minha vez de ser atendido e concentrei a minha atenção na funcionária que me aguardava. Recordei então um episódio passado com a mesma senhora, o que me trouxe uma sensação bastante agradável**.
Rapidamente* chega a minha vez de ser atendido e concentrei a minha atenção na funcionária que me aguardava. Recordei então um episódio passado com a mesma senhora, o que me trouxe uma sensação bastante agradável**.
Enchi os pulmões de ar e atirei um convincente bom dia o qual me foi devolvido em branco. Fiz o meu modesto pedido de acordo com os padrões que fazem de mim um tipo educado, mas nem assim consegui mudar o semblante da personagem.
Reparei então que ao lado dos tradicionais avisos recorrentes nestes locais, estava um outro que dizia: “Agradecemos que seja curto e grosso. A sua simpatia e educação não são bem-vindas”***.
Muito bem, pensei eu! Quem com ferros mata, com ferros morre!
Terminada finalmente a transacção, não resisti e dispararei á bruta um inconveniente “Adeus e obrigado!”, saindo a correr que nem um louco, pelo sim pelo não.
(*) - Esta foi a única tentativa de ter alguma piada neste post.
(**) - Ok, menti… esta foi outra!
(***) - Admito que isto é pura ficção, mas algo do género deve constar do manual de excelência de atendimento ao público dos CTT.
Reparei então que ao lado dos tradicionais avisos recorrentes nestes locais, estava um outro que dizia: “Agradecemos que seja curto e grosso. A sua simpatia e educação não são bem-vindas”***.
Muito bem, pensei eu! Quem com ferros mata, com ferros morre!
Terminada finalmente a transacção, não resisti e dispararei á bruta um inconveniente “Adeus e obrigado!”, saindo a correr que nem um louco, pelo sim pelo não.
(*) - Esta foi a única tentativa de ter alguma piada neste post.
(**) - Ok, menti… esta foi outra!
(***) - Admito que isto é pura ficção, mas algo do género deve constar do manual de excelência de atendimento ao público dos CTT.